quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Longe.

Porque será que quando nos apaixonamos por alguém nossas vidas mudam tanto?
O olhar fica diferente, as expressões da boca mudam, até a ruguinha do lado do olho aumenta, de tanto sorrir.
Você começa a enxergar as coisas de um modo diferente, mais colorido, mais brilhante, mais intenso e quando você se dá conta, já está perdendo a pessoa que você tanto quer pra você.
Por que?
Porque você começa a pensar que essa pessoa é exclusiva sua; porque você a deseja tanto pra você que acaba se esquecendo de si próprio e passa a viver uma vida junto — esquecendo que o amor tem que ser vivido junto, em vidas separadas.
Então você cai. Acha que não encontrará mais forças. Chora, implora pra esquecer.
E no final você apenas ganha mais uma, entre as tantas cicatrizes de amor em seu coração — e até para alguns fracos demais, umas cicatrizes novas no corpo.

Você começa a entender o real sentido de amar, começa a ver claramente a forma de separar as coisas, mas chega a conclusão de que para se ter um relacionamento com tanto amor, é preciso estar completamente focada e estável em sua própria vida.
Porque caso contrário, você se doará de novo, completamente e se esquecerá de se olhar no espelho de novo.
Cicatrizes nos lembram do quão perigoso pode ser o amor, e talvez por ter medo de ganhar umas novas no corpo... você se impede de sentir a coisa mais linda do mundo e você se torna tão vazio, que somente outro vazio pode aguentar essa sua dor.

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